
Golpe da Mão Fantasma (Acesso Remoto)
- Gabriela Corrêa
- Segurança digital , Golpes digitais
- 20 de maio de 2025
Tabela de conteúdos
Imagine que alguém consegue controlar o seu celular à distância, como se houvesse uma “mão invisível” mexendo nele, abrindo aplicativos, digitando e fazendo transferências, enquanto você assiste sem conseguir fazer nada.
Como funciona
A Abordagem: Tudo começa com um contato inesperado: uma ligação ou uma mensagem de texto (SMS, WhatsApp). O golpista se passa por um funcionário do seu banco e diz que está entrando em contato para avisar sobre uma movimentação suspeita na sua conta ou sobre uma compra estranha realizada com seu cartão de crédito. Ele tenta te deixar preocupado ou convencer de algo urgente. O objetivo é te fazer agir rápido, sem pensar muito.
A Armadilha: Para ter acesso ao seu celular, o golpista precisa que você instale um aplicativo nele. Ele vai usar a preocupação com sua segurança para que você baixe e instale esse aplicativo “espião” ou clique em um link que leve para o mesmo aplicativo.
Dando a chave de acesso do seu celular: Quando o aplicativo já está no seu dispositivo, o criminoso precisa das permissões para o aplicativo funcionar. Ele vai te pedir para aceitar tudo o que aparecer na tela. Vai insistir que tudo é parte do processo para sua segurança. Ao fazer o que está sendo dito, você está dando a chave de acesso para que ele possa ver a tela do seu celular e controlá-lo à distância.
A “Mão Fantasma” entra em ação: Com o controle do seu celular, o criminoso pode: ver o que está na sua tela, abrir seus aplicativos, fazer transferências, pagar contas, fazer empréstimos, tudo isso usando as informações do seu celular. Ele faz isso enquanto você está na linha falando com ele. Tira proveito do fato de você estar distraído, confuso ou preocupado. O seu celular parecerá estar se mexendo sozinho, a tal “mão fantasma”. Os criminosos costumam pedir para a pessoa não tocar no celular para “não atrapalhar o procedimento de segurança”, o que te impede de tentar parar.
Como se proteger
DESCONFIE SEMPRE de contatos inesperados: Não acredite em ninguém que te ligue ou mande mensagens alegando ser do seu banco. Caso falem sobre problemas urgentes com seus dados ou dinheiro, não acredite e não passe nenhum dado seu. Desligue imediatamente. Não confie no número que apareceu na tela. Caso esteja preocupado e precise saber o que pode ter acontecido, pegue o número OFICIAL do seu banco e ligue você mesmo para a central de atendimento.
NUNCA Instale aplicativos ou clique em links pedidos por ligação/mensagem. NENHUM banco vai te ligar ou mandar mensagem pedindo para você instalar um aplicativo, clicar em um link ou autorizar acesso remoto ao seu celular para resolver um problema. Isso não existe em procedimentos de segurança legítimos. É GOLPE!
Nunca compartilhe senhas, códigos de segurança ou dados completos: Nenhum atendente de banco legítimo vai pedir sua senha, código de segurança do seu cartão (CVV) ou o código Token que chega por SMS para confirmar transações.
Não ceda à pressão ou urgência: Golpistas criam um senso de urgência, para que você aja sem pensar. Nenhum banco trata seus clientes assim. O fato de te pressionarem, é um sinal forte de GOLPE.
Fique atento às permissões: Ao instalar um aplicativo (mesmo de fontes confiáveis), preste atenção às permissões que ele pede. Um aplicativo de calculadora não precisa acessar seus contatos ou controlar seu celular. Permissões de “Acessibilidade” ou “Controle Remoto” devem ser analisadas com extrema desconfiança, a menos que você saiba o motivo exato pelo qual aquele aplicativo confiável precisa delas (como um aplicativo de controle parental ou de suporte técnico que você mesmo iniciou e solicitou).
O Golpe da Mão Fantasma só acontece se você, sem saber, instalar o “espião” no seu celular e dar as permissões que o golpista precisa. O segredo para evitar esse e outros golpes digitais é ficar atento e desconfiar. A informação é a sua maior proteção!
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